quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Perfil de Amor / Descrição de Valores

      O primeiro romance da Literatura Brasileira; trás encantos para todas as idades... É o primeiro passo para futuros grandes leitores. Este livro é para aqueles que amam a historia romântica, travessa e inocente dos apaixonantes Augusto e Carolina!
                                     "Assim como o grito tem o eco;
                               A flor o aroma e a dor o gemido, tem o amor o suspiro; Ah! o amor..."


     “A Moreninha”, de Joaquim Manoel de Macedo, foi o primeiro romance do Romantismo brasileiro, garantindo a Macedo o pioneirismo de fato nesse gênero literário. A tentativa anterior de Teixeira e Sousa com “O Filho do Pescador” (1843) não alcançou fama literária e foi sendo esquecido com o decorrer do tempo.O romance “A Moreninha”, de Joaquim Manoel de Macedo nos mostra porque continua sendo um dos romances mais lidos, com uma leitura interessante e agradável, vem provar mais uma vez a importância da redescoberta dos valores mais puros, honestos e genuínos presentes na alma do ser humano. A importância da obra dentro do Romantismo foi ter sido a primeira obra expressiva deste movimento literário no Brasil. O tema é a fidelidade a um amor de infância. A obra tem valor para o nosso tempo pois resgata sentimentos como honra, fidelidade e amor , valores esses que vêm sendo esquecidos na atualidade.

Trecho do livro:

     O texto abaixo retrata um momento em que D. Carolina é chamada de anjo. Isso se trata de uma metáfora, que faz parte do Romantismo, o perfil de Amor do livro. Leiam:


     “- Vejam como ela dorme!... disse.
Com efeito, recostada em uma cadeira de braços, D. Carolina estava profundamente adormecida.
     A Moreninha se mostrava, na verdade, encantadora no mole descuido de seu dormir: a mercê de um doce resfolegar, os desejos se agitam em seus seios; seu pezinho bem à mostra, sua trança dobrada no colo, seus lábios entreabertos e como por costume amoldados àquele sorrir cheio de malícia e de encanto que já lhe conhecemos e, finalmente, suas pálpebras cerradas e coroadas por bastos e negros supercílios a tornavam mais feiticeira que nunca.
     D. Clementina não pôde resistir a tantas graças, correu para ela... dois rostos angélicos se aproximavam... quatro lábios cor-de-rosa se tocaram e este toque fez acordar D. Carolina.
Um beijo tinha despertado um anjo se é que o anjo realmente dormia.
J. M. Macedo

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