quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Porque ler "A Moreninha"?

     Já pensou eu ler um livro de quase 200 anos? Um romance divertido, que os pais contam pra seus filhos na hora de dormir, uma história emocionante, apaixonante, para jovens, adultos, e até velhinhos de 80 anos, como a história da Moreninha? Diríamos que é especial, porque hoje em dia nós não vemos mais na realidade um amor tão fiel como o de Augusto à D. Carolina, que vai desde a infância. Muito menos o romance entre D. Carolina e Augusto que é bem travesso, e também ao mesmo tempo, muito angelical. Quem lê esse livro entra na história se identificando na procura de um amor perfeito, que é impossível, graças aos defeitos do ser humano (como não acontece entre Augusto e D. Carolina). Cada vez mais as pessoas se iludem quando se apaixonam, pensam que o amado(a) é perfeito(a), talvez porque ele seja muito bonito(a), ou que seja muito inteligente, e não vêem os defeitos dele(a).
     Talvez se as pessoas parassem de se iludir, teriam casais tão bonitos pelo mundo como o de D. Carolina e Augusto, que é inocente, carinhoso, divertido, e, antes de mais nada, fiel. Isso serviu de incentivo para vocês, leitores? Esperamos que sim!.. Leiam A Moreninha, vocês vão gostar!!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O filme - A Moreninha

     Aqui tem alguns trechos do filme baseado nessa história emocionante de Joaquim Manuel de Macedo. Postamos esse vídeo só para a curiosidade dos leitores, já que é muito bom ler o livro, e ficar imaginando como deveriam ser os personagens, o cenário da época, as roupas usadas, enfim... Nada como ver tudo isso ao vivo e a cores, em um filme. Parece até que a história pulou do livro! É como um conto de fadas que as crianças ouvem, e depois praticamente entram na história!
Queremos que divirtam-se, se sentindo como nós nos sentimos... assim!!

Perfil de Amor / Descrição de Valores

      O primeiro romance da Literatura Brasileira; trás encantos para todas as idades... É o primeiro passo para futuros grandes leitores. Este livro é para aqueles que amam a historia romântica, travessa e inocente dos apaixonantes Augusto e Carolina!
                                     "Assim como o grito tem o eco;
                               A flor o aroma e a dor o gemido, tem o amor o suspiro; Ah! o amor..."


     “A Moreninha”, de Joaquim Manoel de Macedo, foi o primeiro romance do Romantismo brasileiro, garantindo a Macedo o pioneirismo de fato nesse gênero literário. A tentativa anterior de Teixeira e Sousa com “O Filho do Pescador” (1843) não alcançou fama literária e foi sendo esquecido com o decorrer do tempo.O romance “A Moreninha”, de Joaquim Manoel de Macedo nos mostra porque continua sendo um dos romances mais lidos, com uma leitura interessante e agradável, vem provar mais uma vez a importância da redescoberta dos valores mais puros, honestos e genuínos presentes na alma do ser humano. A importância da obra dentro do Romantismo foi ter sido a primeira obra expressiva deste movimento literário no Brasil. O tema é a fidelidade a um amor de infância. A obra tem valor para o nosso tempo pois resgata sentimentos como honra, fidelidade e amor , valores esses que vêm sendo esquecidos na atualidade.

Trecho do livro:

     O texto abaixo retrata um momento em que D. Carolina é chamada de anjo. Isso se trata de uma metáfora, que faz parte do Romantismo, o perfil de Amor do livro. Leiam:


     “- Vejam como ela dorme!... disse.
Com efeito, recostada em uma cadeira de braços, D. Carolina estava profundamente adormecida.
     A Moreninha se mostrava, na verdade, encantadora no mole descuido de seu dormir: a mercê de um doce resfolegar, os desejos se agitam em seus seios; seu pezinho bem à mostra, sua trança dobrada no colo, seus lábios entreabertos e como por costume amoldados àquele sorrir cheio de malícia e de encanto que já lhe conhecemos e, finalmente, suas pálpebras cerradas e coroadas por bastos e negros supercílios a tornavam mais feiticeira que nunca.
     D. Clementina não pôde resistir a tantas graças, correu para ela... dois rostos angélicos se aproximavam... quatro lábios cor-de-rosa se tocaram e este toque fez acordar D. Carolina.
Um beijo tinha despertado um anjo se é que o anjo realmente dormia.
J. M. Macedo